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Falemos de Imunidade Psicológica

Foto do escritor: António NortonAntónio Norton

Em consulta, por vezes, recorro ao termo “imunidade psicológica”.


Ouvi esta expressão há vários anos, se não estou em erro, durante uma das inúmeras sessões de supervisão que tive ao longo da minha contínua formação profissional. 


Se bem me recordo, na altura, estava na especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental na Associação Portuguesa de Terapia Cognitivo-Comportamental (APTCC).


Voltando ao termo em questão - Imunidade Psicológica…

Desde que ouvi esta expressão, nunca mais a esqueci.

Levei-a comigo e partilhei-a com vários pacientes em momentos oportunos do seu próprio processo de crescimento pessoal psicoterapêutico. 


Mas o que significa “Imunidade Psicológica”?


Esta expressão resulta de uma analogia com o conceito de imunidade biológica. 


Se fizermos uma pesquisa rápida chegamos à ideia de que na Biologia, imunidade é a capacidade de resistir a um agente causador de doença.


Ora, na vida mental e emocional também podemos dizer que existem doenças. 

Sem falar de doenças mentais propriamente ditas, mais do âmbito da Psiquiatria como a Esquizofrenia ou a Psicose, entre outras, podemos dizer que também existem doenças emocionais. 


Todos nós seres humanos somos, inevitavelmente, emocionais e reagimos emocionalmente às situações que nos ocorrem. 


E, por vezes, uma situação pode provocar-nos pontualmente uma emoção de tristeza, de zanga, de medo. Nada disso é estranho ou patológico. Nada disso é, se quisermos, uma doença psicológica. 


A doença acontece quando o acontecimento passou, mas a emoção perdura…

Quando há um lastro emocional que nos acompanha como uma sombra. Que, teimosamente nos persegue sem cessar. Que não nos larga.


Também

quando se instala uma melancolia, uma angústia, uma dor no peito que teima em não passar…

Ou quando ficamos num estado permanente de zanga, de tensão, de irritabilidade. 

Ou ainda quando ficamos instáveis, inseguros, assustados.


Quando há uma permanência destes sintomas então, podemos dizer que adoecemos psicologicamente ou,se quisermos, que temos uma doença psicológica. 


É aqui que, geralmente, entra a Psicoterapia. 

É perante este colorido sintomatológico que, muitas vezes, procuramos a Psicoterapia. 


Durante a viagem da Psicoterapia, cada explorador do seu mundo interno reencontra os seus fantasmas, as suas vozes críticas, os seus medos, os seus traumas, as suas feridas emocionais, os seus assuntos inacabados. 

E, nessa viagem, cada paciente vai ganhar ferramentas psicoterapêuticas para se nutrir internamente. 


Vai encontrar uma capacidade de diálogo interno, com o qual será possível  pacificar-se com o seu passado; irá encontrar outra harmonia consigo mesmo.

Vai aprender a regular as suas emoções e a ouvir o seu corpo. 

E ao adquirir todas estas ferramentas vai poder ganhar imunidade psicológica.

O que quero dizer com isto?

O que quero dizer é que a vida vai sempre surpreender-nos com inúmeros desafios de ordem relacional, familiar, parental, profissional, amorosa. Será sempre um enorme desafio, mas quando ganhamos imunidade psicológica, aprendemos a ouvir o eco do nosso corpo.

Passamos a imediatamente identificar esta emoção, se nos é ou não é familiar. Quando conhecermos esta sensação corporal, passamos a ter o poder de escolha. Conseguimos decidir o que queremos e o que não queremos. Passamos a ser senhores do Sim e do Não. 

 

Assim, ganhamos imunidade psicológica porque resolvemos os nossos conflitos internos. E cada episódio desafiante que poderá surgir no nosso futuro já não nos irá condenar a uma espiral interminável de emoções confusas e sintomas que teimam em não passar. 

Cada acontecimento vai, inevitavelmente, provocar uma emoção, mas o seu eco emocional não vai perdurar. 


Ganhar imunidade psicológica significa ficar triste, zangado ou ansioso no momento, mas não adoecer e ficar condenado a uma angústia, zanga ou medo que parecem eternos. 


Os acontecimentos passam a ser vividos no momento sem um lastro emocional.

Deixamos de ficar à mercê de outros “vírus”, de outros padrões tóxicos os quais, outrora iriam, seguramente, arrastar-nos para ciclos viciosos intermináveis. 


Ficamos imunes!


Espero que levem esta ideia com vocês.


Uma simples expressão pode conter uma imensa riqueza de inúmeros significados. Esta expressão é isso mesmo. Rica de significados. Por isso gosto tanto dela. 


Imunidade Psicológica. 


Se estiver a passar por uma fase de doença psicológica, se sente que adoeceu e precisa de resgatar a sua imunidade, acredite que a Psicoterapia pode ser uma ajuda valiosa para si. 


Fica o convite para partilhar este artigo, com quem acredita que poderá beneficiar de tal. 


Deixo também o link para poder marcar a sua consulta e começar um caminho psicoterapêutico para ficar imune. 


Um forte abraço 

António Norton







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© by ANTÓNIO NORTON PSICOTERAPIA

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